Catar está usando trabalho escravo para obras da Copa de 2022


Jornal revela: Catar está usando trabalho escravo para Copa de 2022


A Copa do Mundo de 2022, no Catar, foi alvo de mais uma acusação polêmica. Após denúncias de compras de votos nas eleições da Fifa para a escolha do país como sede, o jornal alemão Bild revelou que os trabalhadores das construções dos estádios estão sendo tratados como verdadeiros escravos.

De acordo com as informações da publicação, os trabalhadores recebem, aproximadamente, 78 centavos de euro (menos de R$ 2) por hora de serviço, e ainda vivem em condições precárias: os alojamentos, que não têm ar condicionado, registram temperaturas na casa dos 50º C, normal para o Catar. 

Vindos do Nepal e das Filipinas, os trabalhadores ainda têm dificuldades para deixar as obras e retornar aos seus países de origem, já que os empregadores estariam ‘roubando’ os seus respectivos passaportes. Secretária-geral da Confederação Sindical Internacional, Sharan Burrow lamentou esta situação.

“O Catar está traficando escravos. É mais fácil todos os trabalhadores morrerem do que os jogadores jogarem o Mundial”, criticou. Tim Noonan, diretor de comunicações da CSI, compartilhou desta mesma opinião. “Vamos pressionar a Fifa por mudanças. Isto envolve a morte de pessoas”, analisou.

Polêmicas: esta não é a primeira vez que a organização do Mundial de 2022 se envolve em polêmicas. A revista francesa France Football revelou que autoridades do país árabe ‘compraram’ votos de personalidades do futebol, como Michel Platini e Pep Guardiola, nas eleições para a escolha do país-sede.

Enquanto isso, outro assunto ameaça a realização da competição no Catar. O presidente da Fifa, Josepp Blatter, afirmou que as altas temperaturas no local poderão impedir a realização de jogos. A federação de futebol do país, que poderia realizar o torneio durante o inverno, ainda não se pronunciou.

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