Fotógrafo retrata marcas de cicatrizes simbolizando a violência da agressão verbal

Ensaio fotográfico chocante mostra as marcas deixadas no corpo pelos abusos verbais

Cada sílaba é um tapa em potencial e a ferida de uma palavra maldosa pode levar anos para cicatrizar. No projeto “Weapons of Choice”, o fotógrafo Richard Johnson transforma a dor de um xingamento em cicatriz visível e alerta para o fato de que a violência verbal pode deixar marcas tão ou mais profundas que a física.

Os retratos são intensos e provocativos e, com palavras como “stupid” (estúpido), “ugly” (feio), “slut” (vadia) ou “freak” (esquisitão) marcadas na pele, como feridas, adultos e crianças mostram que o cérebro pode ser tão suscetível a palavras quanto a pele é à ponta de uma faca.

O objetivo de Richard Johnson, que revela em seu site já ter sofrido abuso físico e psicológico quando criança, é fazer com que as pessoas olhem para o bullying e para a violência verbal de uma forma diferente. Segundo ele, a agressão física e a psicológica andam sempre de mãos dadas, mas nem sempre se curam ao mesmo tempo.

Confira os retratos:
MarksofAbuse1
“Burra”


MarksofAbuse2
“Lixo”


Weapon of Choice
“Preto”


Weapon of Choice
“Vagabunda”


Weapon of Choice
“Estúpido”


Weapon of Choice
“Erro”


Weapon of Choice
“Bicha”


Weapon of Choice
“Puta”


Weapon of Choice
“Desprezível”


MarksofAbuse10
“Débil Mental”


MarksofAbuse11
“Fedelho”


MarksofAbuse12
“Inútil”


MarksofAbuse13
“Vadia”


MarksofAbuse14
“Gorda”


MarksofAbuse15
“Feio”


Todas as fotos © Richard Johnson

O problema não é o Brasil. É você.

“Isso é Brasil” agora, mas pode mudar. E depende de você também




Por Priscila Silva*  - Via - Folha Social
Toda vez que um assunto polêmico surge na mídia, viraliza nas redes sociais e chega às rodas de amigos, reuniões de família e mesas de bar, começam a pipocar, por toda parte, juízos de valor genéricos a respeito “do Brasil” e “do povo brasileiro”.

Essas “análises”, que estão em alta no atual momento pré-Copa, costumam ser, mais especificamente, materializadas na forma de chavões babacas mais antigos que a minha avó: são os famosos “só no Brasil”, “isso é Brasil!”, e, ainda, o clássico e meu preferido “o problema é a cabeça do brasileiro” (que também pode aparecer na carinhosa versão “o povo brasileiro é burro”).

Que a internet e os círculos sociais estão recheados de ideias idiotas, preconceituosas e desprovidas de qualquer senso lógico ou nexo com a realidade não é novidade. O problema aqui é que as pérolas pertencentes à categoria “Brasil é uma merda porque é uma merda, e eu não tenho nada a ver com isso” não vêm sendo enquadradas como apatia mental, como deveriam, mas como demonstração de revolta consciente e politizada “contra tudo que está aí”. Um quarto dos brasileiros acha que uma mulher de shortinho merece ser estuprada? “Isso é Brasil!”. A Petrobrás fez um mau negócio em Pasadena? “Brasil, né?”. Algumas obras da Copa do Mundo atrasaram? “Só no Brasil mesmo!”.

Não. Não. E não. Na verdade, esse tipo de pensamento vazio, reducionista e arrogante empobrece o debate dos problemas que estão por detrás dos acontecimentos (que acabam sendo levianamente rotulados como “coisa do Brasil”), além de estimular e legitimar uma atitude resignada e egoísta ao melhor (ou pior) estilo Pôncio Pilatos (“lavo minhas mãos, porque a merda já estava feita quando eu cheguei aqui”).

“Só no Brasil”? Não.

Em primeiro lugar, vale uma pesquisa prévia a respeito do assunto sobre o qual se está emitindo opinião: será mesmo que o Brasil é o único país a enfrentar esse problema específico que você conheceu superficialmente através do link que seu amigo compartilhou no Facebook? Pode ter certeza que, em 99% dos casos, a gente carrega o fardo junto com mais algumas dezenas de países (se não com todas as nações do planeta), ainda que ele pese mais ou menos conforme o caso.

E não estamos falando apenas de países considerados “mais atrasados” e “menos civilizados” que o Brasil.Tem corrupção na Europa, os Estados Unidos mal possuem um sistema público de saúde, o racismo segue forte em diversos países “desenvolvidos”, e a Inglaterra é descaradamente sexista. Por isso, antes de iniciar um festival de ignorância, babar ovo de gringo gratuitamente e resumir seu discurso a uma frase despolitizada como essa, lembre-se que o Google está a apenas um clique. Caso contrário, você corre o risco de continuar contribuindo para que 40% dos nascidos no Brasil prefiram ter outra nacionalidade (apesar de o Brasil ser sonho de consumo internacionalmente).

Se “isso é Brasil”, então “isso” é você também.

Dou a qualquer um o direito de achar o Brasil uma merda monumental e sem precedentes, desde que admita ser uma merda de pessoa também. Assim, quando alguém disser “o Brasil é um lixo” ou “o povo brasileiro é burro”, na verdade estará dizendo “eu sou um lixo” e “eu sou burro”. Combinado? Porque, caros amigos niilistas radicais, é estranhamente conveniente excluir-se, deliberadamente, do conjunto de brasileiros, negando a própria cultura e origem, bem na hora em que “a coisa aperta”, não é?

As expressões “isso é Brasil” ou “esse é o povo brasileiro” não são, portanto, apenas generalizantes e reducionistas, mas também um tanto arrogantes. Quem as profere se julga acima dos defeitos da sociedade brasileira, e é incapaz de perceber que suas próprias convicções, ideias e preconceitos são na verdade um reflexo das características e problemas da sociedade brasileira como um todo.

Nem é preciso nem dizer que esse tipo de perspectiva segregatória, em que o locutor se coloca em posição imparcial e de superioridade em relação ao restante da população, gera verdadeiros fenômenos de cegueira coletiva. Um exemplo clássico é a inabilidade de algumas pessoas em enxergar o próprio racismo, o que popularizou expressões como “não sou racista, mas…”, culminando com a negação da existência de racismo no Brasil por determinadas “correntes ideológicas”.

Então, antes que comecemos a negar outros “ismos” por aí (o que, a bem da verdade, já acontece), vamos parar de subir em pedestais imaginários e nos colocar em nossos devidos lugares: na arquibancada junto com o resto do povão e toda a torcida do Flamengo.

Se “isso é Brasil”, repetir esse chavão não vai mudar nada (talvez só pra pior).

Imagine a seguinte situação hipotética: um sujeito dito “politizado” está surfando na rede, checando o feed de notícias do Facebook, dando um rolê pelo Twitter e teclando no WhatsApp, quando, casualmente, se depara com uma notícia revoltante (sabemos que a internet está cheia delas). Indignado com a situação ultrajante da qual acaba de tomar conhecimento, nosso amigo resolve mostrar toda a sua revolta por meio de um comentário impactante no perfil de quem, muito sagazmente, compartilhou aquela notícia chocante com ele. “Fazer o que, né, colega? Isso é o país em que vivemos. Viva o Bra-ziu!”.

Satisfeito com sua contribuição, o internauta bem informado segue para os próximos “hits do dia” nas redes sociais, afinal, “isso é Brasil” — não tem jeito. E ele, pessoa politizada e, portanto, ciente do “beco sem saída” que é o nosso país, nem vai se dar ao trabalho de pensar sobre o assunto (e muito menos fazer algo a respeito), uma vez que essa nação é feita de pessoas naturalmente incompetentes e políticos naturalmente corruptos. Confere? Não confere. Na verdade, cidadão politizado, o problema, neste cenário, não é o Brasil. É você.

Quando um indivíduo, ao deparar-se com determinado problema que considera sério, resume seu pensamento e manifestação à depreciação verbal genérica e gratuita de seu país, só podemos concluir que ele atingiu um nível sobre-humano de apatia mental e social. Além de não agir para mudar a situação que o indignou, contribui para difundir um clima negativo, conformista e preguiçoso por onde passa, contagiando outras pessoas com a ideia deturpada de que é impossível mudar as coisas para melhor (ou que simplesmente não vale a pena), porque “o povo brasileiro é assim mesmo”.

Resumo da ópera: quem não quiser realmente tentar entender o problema, trocar ideias sobre como solucioná-lo, contribuir com organizações e movimentos sociais envolvidos no assunto, criar ou participar de campanhas de conscientização, e procurar votar em políticos empenhados na causa em questão, que pelo menos pare de encher o saco com reducionismos pessimistas e burros. A esfera pública agradece.

“Isso é Brasil” agora, mas pode mudar. E depende de você também.

Imaginem se, há 30, 40 anos atrás, quando ainda vivíamos uma ditadura, todos pensassem que o “Brasil é assim mesmo”, que “somos um povo submisso que só funciona na ‘base da porrada’”? Imaginem se a população tivesse desistido de exigir a redemocratização, e se resignado, limitando-se a comentar com seus conhecidos, em cafés e restaurantes, que “aquilo era o Brasil”. Foi porque as pessoas não se conformaram com o que o Brasil era ou parecia ser que hoje nós vivemos uma democracia plena, onde todos podem se manifestar da forma que julgam melhor (até de forma superficial e não construtiva, como a que estamos tratando neste texto).

O direito à liberdade de pensamento e expressão é indiscutível, e o que deixo aqui é apenas um humilde conselho: vamos usar essas prerrogativas de verdade. Para debater, e não para cair em chavões limitados e vazios de que o país é uma porcaria generalizada, pior que qualquer outro, que nosso povo é burro e corrupto, que estamos no fundo poço e nunca sairemos dele, e que é impossível mudar a realidade em que vivemos. Isso não quer dizer, de forma alguma, que devemos fugir dos problemas ou nos conformarmos com o que já foi conquistado, pois ainda existem inúmeros desafios a serem superados nesse Brasil continental. Se “isso” é mesmo o Brasil, a mudança só depende de nós.

*Jornalista, feminista e mais alguns outros “istas”. Fã de gastronomia e de literatura de esquerda. Procurando entender o mundo, um dia de cada vez.

“TV Revolta”, o fenômeno da pregação de ódio seletivo na internet

Por que se fala tanto da TV Revolta, página que detona os direitos humanos, os pobres, os "preguiçosos e vagabundos que dependem de programas sociais", enquanto defende Sheherazade, Bolsonaro e afaga a polícia?

joão revolta tv revolta
João Vitor Almeida Lima, criador do TV Revolta, se define como um “rapaz de 30 anos indignado com o sistema”
“Ponha um cretino fundamental em cima da mesa e você manda ele falar, ele dá um berro e, imediatamente, milhares de outros cretinos se organizam, se arregimentam e se aglutinam”, disse Nelson Rodrigues. “O cretino fundamental raspava a parede da sua humildade e na consciência da sua inépcia. Mas, agora, conseguiram finalmente pela superioridade numérica. Porque para um gênio, você tem um milhão de imbecis.”
João Vitor Almeida Lima, sonoplasta barbudo da rede Bandeirantes, é o criador da chamada TV Revolta, que virou notícia pela quantidade de seguidores. Ele tem um canal no YouTube e uma página no Facebook com quase 3 milhões de curtidas em que o que faz é reverberar ódio patológico.
É um fenômeno de audiência. De cima de seu banquinho, Lima conseguiu reunir uma multidão de gente como ele, supostamente indignada com “tudo isso que está aí”. Aparece em vídeos babando na gravata, falando palavrões, batendo na mesa, despejando sua intolerância mortal — seletiva, claro. Há memes, ilustrações, frases, o que for, contra cotas raciais, o funk, o Bolsa Família, a saúde, a Copa.
Deságua nos Grandes Satãs: Lula e Dilma. Não entra nada, absolutamente nada, sobre nenhum outro político ou partido.
No meio da ignorância, das ofensas e das simplificações, aparecem posts sobre cães abandonados, com ameaças aos donos que cometem essa crueldade, e frases de auto-ajuda. Lima usa um alter ego, “João Revolta”, para gravar seus depoimentos. João é, em sua descrição, um “rapaz de 30 e poucos anos indignado com o sistema global”.
Detona os direitos humanos, os pobres, os preguiçosos e vagabundos que dependem de programas sociais, enquanto defende Rachel Sheherazade, idolatra Joaquim Barbosa, afaga a polícia. Recentemente, ele afirmou que foi denunciado no YouTube e sua conta suspensa por alguns dias. Voltou mais animado ainda, desta vez alegando que foi censurado pelo governo. Governo comunista, claro.
A raiva online polui o ambiente da internet e se espalha de maneira viral. A página do Guarujá Alerta é um exemplo das consequências desse tipo de mentalidade num ambiente já envenenado. Qual o limite? O Facebook, sempre pronto a retirar do ar fotos de Scarlett Johansson, permite que abjeções como a TV Revolta continuem a mil.
Essa violência virtual é compartilhada por 3 milhões de cidadãos. Christopher Wolf, diretor de uma entidade internacional especializada em combater discursos de ódio na net, disse uma vez que o “Holocausto não começou com câmaras de gás. Tudo se inicia com palavras e estereótipos”.
Sob esse ponto de vista, a TV Revolta está no caminho certo.
Kiko Nogueira, DCM

700 milhões de mulheres são vítimas de violência no mundo

Segundo o Banco Mundial, os maiores índices de violência de gênero são registrados no Sul da Ásia e da África

Ativistas dos direitos das mulheres organizam manifestação em Calcutá: o informe indica que 41% das mulheres garantem que não se atreveriam a pedir ao parceiro para usar preservativo
Washington - Mais de 700 milhões de mulheres são vítimas de violência de gênero no mundo, especialmente no sul da Ásia e da África, informa um relatório do Banco Mundial(BM) divulgado nesta quarta-feira.
"A violência baseada no gênero é uma epidemia global, que afeta as mulheres em todas as regiões do mundo", garante a instituição, destacando, contudo, "avanços sem precedentes" ao longo dos últimos anos.
Segundo o informe, pelo menos uma a cada duas mulheres mulheres (43%) no sul da Ásia (Índia, Paquistão e outros) sofreu violência física, ou sexual por parte de seu cônjuge durante sua vida.
Na África Subsaariana e no Oriente Médio, a proporção é de 40% e diminui para 33%, na América do Sul, e para 30%, na região Ásia-Pacífico, segundo o documento, que não publica dados sobre a Europa. Na América do Norte, esse percentual chega a 21%.
De acordo com o BM, um grande número de mulheres jovens no mundo têm um "controle limitado" sobre seu corpo, como acontece em relação à sexualidade e à anticoncepção, por exemplo.
Se a "tendência atual se mantiver", mais de 142 milhões delas estarão casadas antes de completar 18 anos, já na próxima década, acrescenta o texto.
Referindo-se a um grupo mais específico de 33 países em desenvolvimento, o informe indica que 41% das mulheres garantem que não se atreveriam a pedir ao parceiro para usar preservativo.
Em relação ao mundo da política, o BM diz que as mulheres estão "claramente sub-representadas" e aponta que elas representam apenas 22% dos parlamentares e 5% dos prefeitos do mundo.
"Se o mundo quiser acabar com a extrema pobreza e garantir que a prosperidade seja compartilhada, é necessária uma participação plena e efetiva das mulheres", advertiu o presidente do organismo, Jim Yong Kim, citado no relatório.
Via - Exame

A propaganda capaz de salvar crianças

Para evidenciar a tragédia do dia a dia, sofrida por diversas crianças em todo o mundo, uma agência de propaganda canadense lançou recentemente três filmes com alto grau de impacto. São peças que desnudam de maneira desconcertante o contraste que há entre esses pequenos indivíduos em diferentes lugares do planeta.
Interessante notar que a propaganda, que recorrentemente recebe questionamentos quanto ao seu suposto impacto negativo sobre o público infantil, também pode ser utilizada como uma ferramenta interessante para ajudar as crianças de inúmeras maneiras, através de mensagens positivas ou de alerta, sobretudo com relação a questões delicadas como abuso sexual ou a exploração do trabalho infantil.
A campanha abaixo foi criada para a Visão Mundial, entidade que luta para erradicar a pobreza e ajudar a melhorar a vida das crianças. Cada um dos filmes começa com belas cenas, mas termina com a dura realidade de vida de um escravo mirim.
Para não ficar apenas nesse exemplo, vale relembrar o trabalho de uma agência brasileira, que utilizou elementos lúdicos para também adentrar a problemática questão. As imagens inocentes não descartam o impacto da mensagem, com frases escritas sobre um “boneco de massinha”.
Reprodução
Reprodução
Nesta outra ação, dessa vez em Portugal, inúmeras pessoas provam uma suposta nova bebida de chocolate num centro comercial em Lisboa. Ao degustar o líquido, os participantes da “pegadinha” têm uma reação negativa, já que o produto é propositalmente amargo. O objetivo é mostrar quão “amarga” é a vida dos jovens que cultivam o cacau na Costa do Marfim e arrecadar 15 mil euros para a construção de cinco escolas no país africano.
Outro trabalho, criado para a Safernet Brasil, organização não governamental de defesa dos direitos humanos na internet, mostra crianças com cara de adultos.
Reprodução
Por fim, também vale a pena conferir essa ação criada para a Fundação Anar. A instalação mostra o rosto de um garoto seguido da mensagem “Às vezes, o maltrato infantil só é visível para o garoto que sofre”. Esta mensagem é mostrada quando um adulto olha o mobiliário. Porém, se uma criança (indivíduo de até 1,35m de altura) se aproxima da mesma instalação, o rosto no painel se modifica, ganhando hematomas e uma mensagem diferente.
Por Renato Rogenski, editor-chefe do Portal Adnews

Mais de 2,7 bilhões vivem em países onde ser homossexual é crime

Segundo estudo de associação internacional, em país algum direitos são iguais para homossexuais e héteros







Cerca de 2,79 bilhões de pessoas vivem em países onde ser gay gera punições como prisões, chicotadas e até morte, mostra pesquisa da Associação Internacional de Gays e Lésbicas (Ilga, na sigla em inglês). O número é sete vezes maior que a população residente em lugares onde é permitido o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aponta o relatório, divulgado pelo jornal britânico “The Guardian”.


De acordo com o estudo, não há sequer um país em que homossexuais tenham os mesmos direitos legais que heterossexuais. Segundo o levantamento, são cinco os países em que há pena de morte para a homossexualidade: Irã, Mauritânia, Sudão, Arábia Saudita e Iémen. Outros 71 punem gays e lésbicas com prisão e punição corporal.


A Ilga destaca também progressos conquistados pelos grupos em defesa dos direitos LGBT. Mais de 1,3 bilhão mora em países em que há proteção legal contra discriminação contra gays e lésbicas.


- Está se tornando cada vez mais importante encontrar recursos humanos e financeiros para iniciar um exercício de mapeamento em relação à violência baseada em orientação sexual e identidade de gênero, com o fato de que um país adotar uma legislação progressista não é uma garantia de que a vida dos LGBTI (LGBT mais intersexuais) que vivem nele vai melhorar ou deixar de experimentar discriminação e violência – afirmou Renato Sabbadini, diretor-executivo da Ilga, ao jornal britânico.




Dia Internacional contra Homofobia é celebrado neste sábado

O Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia foi comemorado no último sábado, 17 de maio. A data marca o dia em que a homossexualidade foi excluída da lista de doenças mentais pela Organização Mundial da Saúde, em 1990. Nesta sexta, a Anistia Internacional divulgou comunicado analisando a ocorrência de casos de intolerância em vários países. “Os governos de todo o mundo precisam intensificar e cumprir sua responsabilidade de permitir que as pessoas se expressem, protegidos da violência homofóbica”, informa o texto.

A publicação destaca países nos quais houve aumento da homofobia nos últimos anos, como a Rússia. A situação dos países africanos também tem chamado atenção da organização. No Brasil, apesar de as agressões e a violência que a população LGBT é vítima, chegando a 300 assassinatos por ano, segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), o assessor de direitos humanos da Anistia Internacional, Maurício Santoro, afirma que a legislação melhorou nos últimos anos.

- A gente teve a decisão do Supremo legalizando o casamento de pessoas do mesmo sexo, que é uma decisão muito importante, pois coloca o Brasil numa vanguarda de países que adotaram esse tipo de lei. Tivemos várias decisões de tribunais superiores concedendo benefícios de saúde e de previdência para parceiros em relacionamentos homossexuais, antes mesmo do casamento ser aprovado – aponta Santoro.


Para melhorar o cenário, a Anistia Internacional propõe leis mais duras para combater a homofobia no Brasil, além da discussão e melhor aceitação do tema dentro das escolas e pelas forças de segurança. No âmbito internacional, a campanha da entidade estimula que as pessoas assinem petições e enviem cartas para os governantes.


(Com informações da Agência Brasil)


Acesse o PDF: Mais de 2,7 bilhões vivem em países onde ser gay é crime (O Globo, 17/05/2014)

Chico Science e o Movimento Manguebeat

Documentário completo


Chico Science e a cena do Movimento Mangue, de Recife para o mundo.

A guinada conservadora de roqueiros dos anos 80

Por que roqueiros dos anos 80 se tornam neoconservadores? O paradoxo para essa geração niilista e hedonista herdeira do trauma da cultura hiperinflacionária é que o fim do mundo não aconteceu

Fazendo caras feias e rostos vincados, roqueiros dos anos 80 se zangam e protestam dizendo que 30 anos depois, nada mudou no País. Artistas e bandas de rock que na década de 1980, inspirados no punk e pós-punk, se opunham ao regime militar e reivindicavam pelas Diretas Já e democracia. Hoje, queixam-se para uma mídia ávida por declarações conservadoras não só contra o Governo, mas contra a própria instituição da Política e dos políticos. Por que só depois de 30 anos descobriram que o País “só patina ou piora”? Oportunismo em meio de carreiras em declínio? Forma de ganhar visibilidade midiática adotando o neoconservadorismo? Talvez a explicação não seja tão simples: por trás do niilismo e pessimismo fashion desses roqueiros talvez exista a repetição do trauma de uma geração que cresceu sob o impacto da cultura hiperinflacionária dos anos 80. Presos a essa cena de décadas atrás, de contemporâneos tornaram-se extemporâneos.
Em foto promocional do 18° discos dos Titãs, o grupo posa com caras de maus e vestidos de preto sobre lambretas. “São as caras feias de um Brasil que, vira e mexe não muda”, dá legenda o jornal O Globo. E na matéria o guitarrista (e colunista do próprio jornal) Tony Bellotto, 53, fuzila: “é uma merda pensar como o Brasil há 30 anos ou patina, ou piora”. É recorrente a leva de roqueiros dos anos 80 como Lobão, Roger, Dinho Ouro Preto, Léo Jaime entre outros que não só desfilam opiniões catastrofistas e de descrédito não só ao Governo Federal, mas em relação à própria instituição da Política em redes sociais e grande mídia.
lobão roger
A ânsia em se portarem como críticos politicamente incorretos algumas vezes beira ao protofascismo como no episódio da “pegadinha” do colunista da Folha Antônio Prata que, simulando ter aderido ao neoconservadorismo, escreveu sobre uma suposta conspiração de “gays, vândalos, negros, índios e maconheiros” no Brasil do PT. O roqueiro Roger do “Ultraje a Rigor” caiu na “pegadinha” e no twitter congratulou o articulista por “ter culhões”. Roger não entendeu a ironia, na ansiedade de fazer parte da onda neoconservadora na grande mídia.
Em todos esses roqueiros sobreviventes dos anos 1980 dois traços em comum: a carreira em baixa por não conseguirem se reinventar e a paralela conquista de espaços na grande mídia como colunistas de revistas e jornais, repórteres de programas vespertinos como Vídeo Show da TV Globo, banda de apoio a talk showsde stand ups neoconservadores ou jurados de reality show musicais. E os espaços alternativos que ganham na grande mídia crescem na proporção direta em que se expõem como estrelas neoconservadoras que participam da grande editoria que unifica a todos: “o Brasil é uma merda!”.
Para quem foi contemporâneo dessa geração como esse autor que traça essas linhas, é a princípio surpreendente esse posicionamento neoconservador. Uma geração cujas bandas participavam de programas alternativos de TV como Perdidos da Noite (1985-89) de Fausto Silva ou Fábrica do Som (1983-84) do vídeo maker Tadeu Jungle onde exibiam músicas furiosas e discursos críticos contra a ditadura militar e reivindicações viscerais pelas Diretas Já e a democracia na Política.
O que é marcante nesse discurso neoconservador é não só o ódio pelo PT, mas, principalmente, a descrença niilista da própria instituição da Política e da representatividade partidária pela qual reivindicaram há 30 anos.
Como explicar essa guinada ideológica de artistas e bandas de rock que, embalados pelos ventos do punk e pós-punk que sopravam da cultura pop, usaram essa força estética para protestarem contra o regime autoritário e a restrição a eleições diretas para presidente? E também como explicar por que só depois de 30 anos descobriram que o Brasil “ou patina, ou piora”?
Oportunismo? Artistas decadentes que procuram um lugar ao sol da grande mídia conservadora quando veem que suas carreiras estão em declínio? Acredito que a resposta talvez não seja assim tão simplista, mas resida no perfil psicocultural de uma geração que cresceu sob o impacto da hiperinflação da década de 1980

A cultura da hiperinflação

Ainda está por ser escrita uma história do legado que a cultura hiperinflacionária desse período deixou como mácula para toda uma geração. E essa história poderia começar a ser escrita a partir da forma como os expoentes artísticos dessa geração se entregam atualmente e de forma tão voluntariosa à onda neoconservadora e retrofascista que está em crescimento no País com linchamentos, ódio, intolerância e a sedução por “soluções finais” do tipo “golpe militar” ou “colocar uma bomba no Congresso”
A Nova República que se instalou no Brasil no início de 1985 deveria ser o princípio de uma transição democrática com o fim do regime militar. Mas o resultado foi que o País chegava a 1990 com inflação de 82% ao mês e aos inimagináveis 4.922% ao ano. Na atualidade, jovens na faixa dos 20 anos não conseguem imaginar o que era em um país onde o dinheiro que se tinha só dava para comprar a metade do que se poderia adquirir 30 dias antes.
O overnight (aplicação financeira que rendia taxas de juros diárias, e não mensais como habitualmente acontece hoje em dia) que acabou virando referência para o aumento dos preços virou o símbolo de uma cultura do “salve-se quem puder”, da ausência de expectativas em relação ao futuro e do viver cada dia como se fosse o último.
Partindo dos estudos das relações entre cultura e inflação feitas pelo cientista político Elias Canetti, Bernd Widdig no seu livro Culture and Inflation in Weimar Germanypropõe um interesse enfoque cultural do dinheiro ao propor uma “semiótica da cultura inflacionária”. Tomando como objeto de análise a histórica hiperinflação da Alemanha no período entre guerras ela vai afirmar que a linguagem do dinheiro é o mais importante medium através do qual a sociedade moderna se comunica. O que acontece quando esse medium perde a confiabilidade e parte-se em pedaços? Que espécies de ansiedades são criadas? Quais energias antes ocultas são liberadas?
Canetti no seu curto ensaio Inflation and The Crowd discorre sobre três dinâmicas culturais inter-relacionadas: a circulação, massificação e depreciação como componentes de um sentimento geral de degradação de si mesmo: quanto maior a aceleração da circulação do dinheiro, mais se incrementa o sentimento de massificação (efeitos de manada, pânico etc.) e tanto maior a depreciação não apenas monetária, mas do próprio indivíduo e do futuro, criando uma razão cínica niilista e hedonista.
Por isso, na crise hiperinflacionária acaba-se criando uma paradoxal convivência de perdedores, poderosos, luxo e ostentação, um mix traumático que acabou produzindo na Alemanha tanto as vanguardas artísticas como o nazifascismo.

Dez anos a mil

No Brasil, psicanalistas como Jurandir Freire Costa em seu texto Narcisismo em Tempos Sombrios de 1988 fazia um diagnóstico do que ele chamou de “pânico narcísico”: o fortalecimento de uma cultura da razão cínica marcada pelo niilismo (a negação do futuro) e hedonismo (a busca de um eterno presente de prazer imediatista e descompromissado). A hiperinflação corroía todas as esperanças de que a transição para a democracia naturalmente levaria o País para o melhor dos mundos.
A poética das bandas de rock dos anos 80 reflete esse cinismo em relação ao futuro em versos como “é melhor viver dez anos a mil do que mil anos a dez” (Décadence Avec Élégance do Lobão) ou “devemos nos amar como se não houvesse amanhã” (Pais e Filhos do Legião Urbana) ou o niilismo do Barão Vermelho em Ideologia.
O Punk e o pós-punk chegam atrasados no Brasil (a virada punk dos Titãs com o disco Cabeça Dinossauro ocorre dez anos depois da explosão pop dos Sex Pistols). A estética “No Future” ou “DIY” (Do It Yourself – faça você mesmo) do punk é despolitizada e incorporada à atmosfera sombria de descrença em relação ao futuro e das próprias instituições políticas: “Ladrão por ladrão, vote no Faustão”, caçoava Fausto Silva no programa Perdidos na Noite enquanto a banda Titãs tocava “Lugar Nenhum” – “Não sou brasileiro, não sou estrangeiro. Sou de lugar nenhum”.
Nessa específica edição do Perdidos na Noite, questionados pelo apresentador Fausto Silva sobre a preferência de candidatos à presidência, os componentes dos Titãs se revezam entre a indiferença e o cinismo ao propor como candidatos Hermeto Paschoal e Jorge Mautner – veja vídeo abaixo.

Dilemas de uma geração

Se a depreciação e massificação produzidas pela hiperinflação alemã na cultura produziu a despolitização (a descrença em relação às instituições de representação e negociação política) que resultou na sedução pelas “soluções finais” e pelo nazifascismo, no Brasil a descrença generalizada na Política nos trouxe o sebastianismo do “caçador de marajás”: a aposta suicida em alguém “diferente de tudo que está aí” e sedução por soluções diretas e sem negociações, representada pela figura trágica de Collor de Mello.
O paradoxo para essa geração niilista e hedonista herdeira do trauma da cultura hiperinflacionária é que o fim do mundo não aconteceu – afinal de contas, o fim do mundo não foi o fim do mundo, parafraseando a música do Lobão. Depois de 30 anos muita coisa mudou no Brasil que o espaço aqui dessa postagem não permite descrever.
Mas o psiquismo dessa geração parece ainda estar preso na cena traumática do passado, repetindo ainda 30 anos depois na cabeça a mesma cena da depreciação, do niilismo e do cinismo. Todos esses roqueiros, agora traduzidos como “neoconservadores”, parecem conviver com os seguintes dilemas:
(a) o mundo não acabou, o País mudou, mas ainda tentam manter o discurso da revolta cínica e desesperançada com a qual chegaram ao estrelato na cultura da hiperinflação da década de 1980.
(b) suas carreiras começaram a entrar em declínio por não conseguirem se reinventar diante da mudança de cenário social e político. De contemporâneos tornaram-se extemporâneos.
(c) por isso, tornaram-se presas fáceis para o discurso neoconservador atual alimentado pela grande mídia. Em cada coluna de revista, artigo ou declaração para a grande mídia ávida por confirmar sua pauta primordial (o Brasil é uma merda!), seus discursos extemporâneos são repetidos como farsa, como repetição neurótica da velha cena do trauma localizada há 30 anos.
Por Wilson Roberto Vieira Ferreira, Cinegnose

Os “segredos” da TV Revolta

O que está por trás do crescimento superficial de uma página conhecida por divulgar, entre fotos de gatinhos e frases de auto-ajuda, um discurso raivoso que engana, principalmente, os mais jovens?

joão revolta tv revolta
João Revolta, autor da página TV Revolta (Reprodução)

TV Revolta é uma página que divulga fotos de gatinhos, fotos de cachorrinhos, frases de auto-ajuda, vídeos sensacionalistas e um discurso conservador. O uso desse conteúdo disfarçadamente neutro acontece paralelamente a postagens mais raivosas contra a política e em defesa da “moralidade”. Os ataques políticos são direcionados contra o atual governo, quase que exclusivamente. É a velha fórmula do senso comum que engana, principalmente, os mais jovens, além de gente madura desprevenida ou desatenta.
É de se esperar que uma página que utilize de apelações tenha forte adesão. Mas, de pouco tempo para cá, precisamente um mês, a Tv Revolta deu um salto anormal em sua taxa de crescimento. Analisando o intervalo de 18 de março até 18 de abril, observa-se um crescimento moderado: cerca de cem mil entradas. No intervalo entre 15 de abril a 13 de maio, porém, a página teve um crescimento de 1,5 milhão de curtidas, como pode ser visto no gráfico 1:
curtidas tv revolta
Para quem não acompanha a popularidade de páginas, comparamos a TV Revolta com outra página de grande apelo no Facebook. A fanpage de Luciano Huck, com todo o aparato publicitário, sua fama de comedor de bananas e seu extenso tempo de TV aos sábados na maior emissora do país, acumula nada menos que 13 milhões de fãs no Facebook. Ele está atualmente crescendo em uma velocidade de 500 fãs por hora, segundo a ferramenta quintly.com, de onde reproduzimos o gráfico 2:
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Como então explicar a popularidade da página TV Revolta, que na mesma análise consegue atingir 13 mil entradas por hora (12 mil e 500 a mais que Luciano Huck), como se vê no gráfico 3:
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Qualquer cidadão minimamente informado é capaz de perceber o alto grau de futilidade e de sensacionalismo expostos pela Tv Revolta. A grande questão, portanto, é: como eles estão crescendo dessa forma?
Duas possibilidades: uso de robôs no Facebook ou um caminhão de dinheiro em publicidade paga.
Especular sobre robôs é tema batido, tendo em vista que a página está cheia de perfis falsos. Basta abrir uma postagem e perceber como são os compartilhamentos. Diversos usuários compartilhando a mesma publicação com uma diferença que, muitas vezes, nem chega a segundos. Esse tipo de ação interfere no número de pessoas que estão “falando” sobre a página.
Para ter um grande número de curtidas, é preciso divulgar fortemente a página. Precisar sobre quanto se tem gasto em publicidade para fazer a TV Revolta crescer nessa velocidade também é realmente difícil. Mais difícil ainda é saber de onde vem todo esse dinheiro, porque publicidade tem custo e não é baixo. A quem seria interessante promover uma página aparentemente boba, mas com forte conteúdo conservador, raivoso e anti-PT?

Outro dado que impressiona

Na página SocialBakers podemos ver que a TV Revolta foi a segunda página do Brasil que mais crescia no dia 15/05. Um crescimento inferior apenas à página do jogador de futebol Oscar, que notadamente tem investido muito em publicidade para crescer nas redes sociais. TV Revolta cresceu mais que a página da FIFA e a página de Neymar:
Ranking das páginas que mais cresceram no Facebook no último dia (15/05/14)
Ranking das páginas que mais cresceram no Facebook no último dia (15/05/14)

Página de José Serra?

Um fato curioso e que merece um pequeno parêntese foi a taxa de crescimento da página de José Serra. O ex-presidenciável tucano andou anabolizando sua rede social por 2 dias, totalizando cerca de 150 mil fãs nesse período. Esse crescimento repentino foi flagrado por acaso. A página que pertence ao endereço fb.com/timeserra45 aparentemente estava offline, pois não era possível rastrear seu crescimento em tempo real, assim como era impossível acessá-la. Eis que ela volta ao ar com espantosos 180 mil fãs:
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Voltando a falar da TV Revolta, e dessa vez com dados atuais, confira o ranking das cinco páginas que mais cresceram na última semana:
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Ranking das páginas brasileiras que mais cresceram nos últimos 7 dias (16/05/14) – http://naofo.de/89o
As outras páginas que aparecem no ranking são patrocinadas pontualmente, tendo picos de entrada. Basta perceber os gráficos de curtidas de qualquer uma das páginas com grande publicidade, até mesmo a de José Serra.
Conclui-se, então, o óbvio: a popularidade de páginas financiadas é questionável. A mídia e a elite abastada impõem sua pauta e seu ódio através do seu poder financeiro, seja ele em meios profissionais ou mesmo em espaços claramente amadores.
Por fim, a torneira de dinheiro está aberta na TV Revolta. Mas, afinal, quem está financiando isso? O interesse visivelmente é político.
Jornalistas de veículos da grande mídia, como Veja, Folha e Globo costumam afirmar, mas sem nunca conseguir provar, que a esquerda é quem paga militantes para atuar na internet. Talvez eles sejam capazes, agora, de informar quem abriu a torneira de dinheiro para financiar a tão aclamada, e conservadora, Tv Revolta.

Meninas em Jogo - História em Quadrinhos de Exploração Sexual de meninas para a copa

Durante três meses, a equipe de reportagem e quadrinista da Agencia Pública percorreu estradas do Ceará em busca da teia da exploração sexual de meninas para a Copa.

Aqui você os acompanha na primeira reportagem em quadrinhos da Pública, em cinco capítulos.

Prólogo

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Capítulo 1

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Capítulo 2

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Capítulo 3

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Capítulo 4

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Capítulo 5

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Fonte: Pública

Breve história crítica dos feminismos no Brasil

Excluídas da história oficial, as mulheres fazem do ato de contar a própria trajetória uma forma de resistência. Neste ensaio, publicado na...