Médica cubana do Mais Médicos é estuprada em posto de saúde em Pernambuco

Uma médica cubana do programa Mais Médicos foi estuprada dentro de uma unidade de saúde no município de Capoeiras, em Pernambuco, na última segunda-feira (1°).
De acordo com informações da Polícia Civil, o crime foi final do expediente no posto de saúde municipal Gildo Marques.  Um homem numa moto estava armado com uma faca quando chegou ao local e rendeu a médica e uma técnica de enfermagem.
O suspeito roubou os aparelhos celulares e um relógio da médica. Antes de fugir, ele a trancou em um local e praticou o estupro, ainda segundo o órgão. A placa da moto do suspeito foi anotada.
A vítima mora há dois anos e meio na cidade pernambucana.
Por meio de nota, o órgão afirmou que o caso está sendo investigado pelo delegado seccional de Garanhuns José Flávio Pessoa. A polícia fez ouvidas, coletou provas e solicitou as perícias necessárias, além de reunir as imagens possíveis para tentar identificar e prender o suspeito. 
A médica está recebendo apoio e medidas previstas no SUS para vitimas de violência sexual, como a medicação de emergência contra a gravides e contra as doenças sexualmente transmissíveis. 
Via R7 e Radio Jornal 
O Ministério da Saúde (MS), os supervisores e tutores  do Programa Mais Médicos para o Brasil vinculados à Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade do Vale do São Francisco (UVSF) e a Associação Pernambucana de Medicina de Família e Comunidade divulgaram, nesta quinta-feira, notas oficiais em repúdio ao crime de estupro sofrido por uma médica cubana vinculada ao programa. 
Confira a nota do Ministério da Saúde:
O Ministério da Saúde lamenta o ocorrido e informa que já está acompanhando o caso. A referência estadual e a supervisora do Programa Mais Médicos estão no município prestando todo o suporte necessário à profissional. A médica está recebendo total apoio da gestão municipal, realizou o Boletim de Ocorrência e teve assistência no SUS dentro do protocolo de Prevenção e Tratamento dos Agravos resultantes da violência sexual contra as mulheres: profilaxia e testes rápidos para a triagem e/ou o diagnóstico de HIV e Hepatites.

A profissional manifestou interesse em sair do município, o que deve acontecer até o final da semana. O processo de remanejamento da médica já foi iniciado bem como os trâmites administrativos para a substituição dos profissionais pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), conforme prevê o acordo firmado com a entidade, e a fim de assegurar a assistência no município.

É importante esclarecer que a responsabilidade por conduzir os trâmites do caso é da Polícia Civil local.


Confira a nota do Programa Mais Médicos:
Supervisoras e Supervisores, Tutoras e Tutores do Programa Mais Médicos para o Brasil vinculados à Universidade de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco e Universidade do Vale do São Francisco e a Associação Pernambucana de Medicina de Família e Comunidade manifestam seu apoio e solidariedade à colega cubana que foi brutalmente violentada no município de Capoeiras-PE na última segunda-feira 01/08, enquanto desempenhava suas atividades como Médica, dentro da Unidade de Saúde. Manifestamos nosso repúdio à cultura de estupro instituída no Brasil, que mostra sua perversidade dessa vez dirigida a uma profissional que, em missão internacional, vem a cidades mais longínquas responder às necessidades sociais e de saúde no país.

Este é mais um entre os incontáveis casos de mulheres violadas sistematicamente ao desempenharem suas atividades laborativas, ou quaisquer atividades cotidianas. É importante reconhecer que não se trata de episódio isolado, nem praticado por um “delinquente”, mas a manifestação de uma cultura machista que afronta os direitos humanos e compromete a construção de uma sociedade justa e igualitária.

Lamentando profundamente o ocorrido, esperamos que esta circunstância ultrajante possa impulsionar a luta contra a iniquidade de gênero e o enfrentamento das violências que dela se originam.

Às Médicas e Médicos cubanos, todo nosso respeito e agradecimento pelo cuidado prestado ao povo brasileiro.

Recife, 04 de agosto de 2016
Também por meio de nota, o Ministério da Saúde "lamentou o ocorrido" e que está acompanhando o caso. Ainda segundo a pasta, "a profissional manifestou interesse em sair do município, o que deve acontecer até o final de semana". A médddgsjg

Marco Feliciano é acusado de agressão e tentativa de estupro

Militante do PSC, de 22 anos, contou ter sido agarrada no apartamento funcional do deputado em Brasília e agredida após negar as investidas dele; jovem divulgou conversas do WhatsApp em que teria sido ameaçada pelo pastor

Uma militante do PSC, de 22 anos, acusa o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) de assédio sexual, agressão grave e tentativa de estupro. Ela frequenta a mesma igreja que o pastor, que teria proposto ser seu guia espiritual. O episódio da violência, segundo relatou, aconteceu no dia 15 de junho no apartamento funcional do parlamentar, em Brasília.
A mulher contou à imprensa que recebeu uma proposta para ser amante de Feliciano, com alto salário e cargo comissionado no PSC, mas, com a negativa, o pastor a agrediu com um soco e tentou puxá-la pelo braço para a suíte dele. A jovem disse que começou a gritar até que uma vizinha tocou a campainha para saber o que estava acontecendo.
Depois disso, ela o procurou em uma conversa pelo WhatsApp. Em um encontro há poucas semanas, segundo narrou, Feliciano pegou o seu celular à força e apagou todas as mensagens entre eles, mas ela conseguiu resgatá-las no ICloud de seu computador.
De acordo com o blog Coluna Esplanada, do UOL, funcionários do PSC confirmaram que o número era mesmo o usado pelo pastor-deputado, que trocou de telefone após o episódio. “Ele estava diferente, com os olhos vermelhos. Ele queria que eu terminasse com meu namorado e ficasse com ele”, disse a mulher à reportagem.
Segundo o jornalista Leandro Mazzini, que acompanhou o caso, ela procurou ajuda com importantes nomes do partido, que a mandaram “sumir”. Também teria sido convencida por Emerson Biazon, ligado ao deputado, a não fazer boletim de ocorrência. Em seguida, o repórter revelou que ela saiu de Brasília, retirou sua página do Facebook do ar e tem se mantido isolada desde então.
Confira abaixo as conversas divulgadas pela jovem.
felifeli2feli3feli4feli5Foto de capa: Agência Câmara
SUMIÇO MISTERIOSO
A menina saiu de Brasília no sábado, e disse que precisava de um tempo, mas há informações de que ela continua assessorada por Biazon, que não deu mais notícias nos telefones que deixou com a Coluna, apesar das tentativas de contato nos últimos dois dias.
A jovem sumiu do radar de sábado até a madrugada desta terça, quando contatou o repórter e disse que estava bem – ela só retornou às ligações após coincidentemente o repórter procurar o assessor de Marco Feliciano ontem à noite.
A manhã desta terça-feira seria mais uma misteriosa do caso polêmico não fosse a atitude de um outro jornalista, que soube primeiro do episódio. Ciente de que ela sumira de Brasília, com o intuito de ajudar, segundo relata, e preservar a integridade da garota,  seu ex-professor Hugo Studart publicou na sua página no Facebook o caso, nomeando Feliciano e citando as iniciais da garota – mais mistério, à tarde seu post foi tirado do ar, não foi ele.
Youtuber – como já citado – a garota enfim resolveu aparecer diante da polêmica. Vale lembrar que o professor em nenhum momento cita seu nome, embora revele a polêmica e nomeie o deputado. Mas para a surpresa de todos os envolvidos na história, a jovem gravou um vídeo de poucos segundos elogiando Feliciano e chamando o professor de mentiroso.
Confrontada pela Coluna diante de todo o histórico de mensagens trocadas com o repórter, e de testemunhas no encontro no café, e das evidências de provas passadas por ela à Coluna, a garota retirou o vídeo do ar – curiosamente, no Facebook do professor, aparece Biazon provocando o mesmo ( Biazon se diz assessor do PRB. O partido ganhou o apoio do PSC de Feliciano na candidatura de Celso Russomanno na disputa pela prefeitura de São Paulo ).
Via Revista Forum e UOL

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