Quais foram as piores torturas da Santa Inquisição?

Como sabemos, a Santa Inquisição foi um período iniciado no começo do séc XII. Com expansão do poder do cristianismo, a Igreja Católica liderou uma cruzada contra quem se opunha aos seus dogmas. Massacres aconteceram. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou um documento intitulado Ad Exstirpanda - ele dava uma chance aos hereges: assumir o erro através de tortura. Não foi legal. Os Papas seguintes renovaram o documento, o que manchou a história com séculos de mortes injustas.


Milhões de inocentes sofreram mortes terríveis e inimagináveis. Muito pior do que qualquer filme foi capaz de reproduzir. Mesmo sendo difícil mensurar quais são as piores, vamos listar algumas delas. Se você não tem estômago forte, pare por aqui.


A Tortura d'Água


A vítima ficava imobilizada com a barriga para cima. Com um funil, o algoz derramava litros e litros d'água que, sem defesa, a vítima engolia. Se não morresse sufocada, o torturador e seus ajudantes pulavam sobre ela, fazendo com que a água saíssem abruptamente. O ritual era repetido até que os vasos sanguíneos estourassem com a saída da água.

O Burro Espanhol





A vítima era posta nua sobre um cavalete de madeira em forma de 'V'. A parte mais aguda ficava entre as pernas. Pesos eram presos em seus pés e ela ia, rasgando-o gradativamente ao meio.



A Serra




Nesta, o acusado era suspenso pelas pernas e os carnífices o serrava verticalmente. Essa tática era ainda mais agonizante pois, com o sangue acumulado na parte superior do corpo, a vítima só morria quando a serra alcançava o peito, o que podia levar horas. Essa técnica de tortura foi muito utilizada para matar pessoas acusadas de bruxaria, adultério, assassinato e blasfêmia.




A Pêra




O instrumento era introduzindo no ânus da vítima e depois aberto, estourando a pessoa por dentro e causando hemorragia interna. O aparelho em formato de pêra era inserido também nas vaginas femininas, no ânus dos homossexuais e na boca dos blasfemadores. A pêra era capaz de arrancar a pele com sua expansão e mutilar os orifícios das pessoas que a recebiam. O método era conhecido por apenas “abrir” a sequência de torturas.


A Mesa de Evisceração




Prendendo a vítima numa mesa, abriam seu ventre e prendiam um gancho nas suas entranhas. Depois, uma manivela era rodada lentamente, puxando o gancho. O gancho (como um anzol) extraía, aos poucos, os órgãos internos da vítima à medida que o carrasco girava o eixo. Esta agonia podia prolongar-se por horas e até dias. Quanto mais tempo demorasse a morte, ou seja, quanto mais o condenado sofresse, maior seria considerada a perícia do verdugo.


O Arranca-Seios


Esse terrível aparato costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar aborto ou adultério. As garras – aquecidas no óleo ou na brasa - era preso aos seios expostos das vítimas, e depois arrancá-lo vagarosa ou lentamente, dependendo do que o inquisidor queria causar. Logo depois se deixava a mulher sangrando para que pudesse morrer de hemorragia, ou que fosse levada a loucura pela dor.



A Roda do Despedaçamento



Era um dos mais temidos. Neste método, o réu era preso a uma roda que ficava sobre chamas. Então era rodado, tendo seu corpo lentamente cozido. O fogo podia ser trocado por lanças, que despedaçavam o condenado.


O Berço de Judas





Uma evolução (se é que podemos chamar de evolução) do empalamento. A vitima ficava nua, suspensa por cordas sobre uma espécie de cone pontiagudo. As cordas iam se afrouxando lentamente (muito lentamente) num processo agonizante onde o acusado era aberto ao meio. O peso do corpo pressionava e feria o ânus (no caso dos homossexuais) ou a vagina (no caso das adúlteras). A tortura costumava levar dias. E, se é que pode piorar, o Berço nunca era lavado, o que gerava infecções terríveis.




A Dama de Ferro



A famosa Iron Maiden era um sarcófago de ferro com longos espinhos que se fechavam sobre a vítima. Todavia, os espinhos eram dispostos de tal forma que não acertassem órgão vitais, mantendo a vítima viva, com a intenção de atrasar a morte e prolongar o sofrimento da vítima. Também conhecido como A Virgem de Nuremberga.


Geralmente as regiões furadas eram os olhos, braços, pernas, barriga, peito e nádegas. Mesmo sendo um método de tortura, era comum que as vítimas fossem deixadas lá por vários dias, até que morressem. A primeira referência confiável de uma execução com a Dama de Ferro, data de 14 de Agosto de 1515. A vítima era um falsificador de moedas.

Curiosidade: Foi dai que saiu o nome da banda de Heavy Metal "Iron Maiden", que tem muitas letras de suas musicas baseadas em filmes de terror.



A Pata de Gato (cócegas espanhola)


Conhecidos também como "cócegas espanholas". Eram ganchos de ferro pontiagudos que eram passados brutalmente sobre o corpo do acusado, dilacerando-lhe a carme e os órgãos. O instrumento era tão forte que nem músculos ou ossos eram um obstáculo. A pata do gato era naturalmente usada com as vítimas amarradas pelas mãos e pelos pés.



Empalamento

EMPALAMENTO: UMA DAS TÉCNICAS MAIS TERRÍVEIS DA IDADE MÉDIA


Uma das mais conhecidas técnicas de tortura é a do empalamento. Durante a Idade Média, inimigos tinham seus corpos atravessados por enormes estacas a golpes de marreta. Normalmente, o processo começava pelo ânus, umbigo ou vagina da vítima, e seguia até a boca. E o mais assustador: a vítima poderia levar até três dias para morrer.

Este método foi amplamente utilizado pelo célebre Vlad Tepes. O personagem Vlad III, o Empalador (o sujeito que inspirou Drácula). O tirano costumava apreciar uma refeição enquanto observava as estacas atravessando os orifícios de seus inimigos. Estima-se que Vlad tenha matado de 20 a 300 mil pessoas dessa maneira.




Esmaga Cabeças




Altamente usado durante a Inquisição Espanhola, o Esmaga cabeças, como um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima, de encontro a uma base na qual encaixa-se o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registros de vítimas fatais que tiveram os crânios, literalmente, esmagados por este processo. Os torturadores conseguiam destruir as arcadas dentárias e as mandíbulas. E caso a tortura não parasse, os globos oculares saltavam dos olhos e o cérebro saía despedaçado pelo crânio.




Garfo




Uma haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, impedindo a pessoa de abrir a boca para falar. Este instrumento era usado como penitência principalmente para os mentirosos.



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Muitas outras formas de torturas eram utilizadas: fogueiras, cozimento vivo, esmagar partes do corpo, submersão, enfim. Foi um período de trevas no qual até mesmo os nobres temiam o Tribunal do Santo Ofício, já que a Igreja estava intimamente ligada ao Estado. Estes fatos fazem lembrar a importância de se manter o Estado laico, tanto na teoria quanto na prática.






Fontes de Pesquisa

- Muito Interessante
- Revista Galileu
- Fatos Desconhecidos
- Blog Monte Olimpo
- Spectrum gothic
- Imagens Históricas
- Blog Taberna do Fauno

2 comentários:

  1. Manter o estado laico é uma tarefa muito difícil. Hoje a aliança do ESTADO & IGREJA são mais sutis. Veja o que aconteceu aqui no RS em Abril. O governador Tarso Genro, do PT, ISENTOU a igreja Católica (Por extensão também as outras) do pagamento de IMPOSTOS. Acredito que isto, além de um favorecimento expurio às igrejas, revela talvez um "Financiamento de Campanhas eleitorais" com as igrejas repassando parte desses impostos aliviados. Seria então uma tarefa gigantesca separar totalmente o estado da igreja...

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  2. Olá boa noite para todos Nós! Para não passar em branco com este Blog. Faço essas minhas palavras que de certa forma resume em poucas palavras o sentimento Religioso de Outrem.

    " A religião é vista pelo povo comum como verdadeira, pelos sábios
    como falsa e pelos governantes como útil. "
    Autor: Sêneca

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