Na Igreja de Santo Antônio do Carmo, em Olinda, são cobrados R$ 2. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press |
Reitor da Igreja do Carmo, frei Luiz Nunes Pereira explica que a cobrança começou a ser realizada há cerca de quatro meses porque os custos de manutenção, segurança e limpeza do templo são muito altos. “A ideia surgiu dos frades carmelitas. Essa igreja só realiza missas duas vezes na semana, às quartas-feiras e aos domingos. O dinheiro arrecadado entre os fiéis não é suficiente, não dá para pagar nenhum funcionário”, relatou.
Segundo o reitor, as principais despesas estão relacionadas ao pagamento de seguranças, em regime de rodízio 24 horas, como forma de evitar o roubo de imagens sacras valiosas e históricas.
O religioso lembrou que a taxa cobrada deve se tornar, em breve, um hábito de outras igrejas católicas históricas porque elas vêm perdendo fiéis. “Ao longo dos anos, o povo está se afastando”, lamenta. O Convento de São Francisco, no Carmo, também cobra um valor simbólico para a entrada.
Vale lembrar que os fiéis continuam entrando nos templos religiosos gratuitamente em horários de missas. A Arquidiocese de Olinda e Recife destacou que essa atitude visa a manutenção.
Vera Lúcia não concordou com a iniciativa e levou o grupo de turistas para visitar outros templos de Olinda. “A igreja é um local público, acho que as pessoas deveriam ser livres para entrar nela e só pagar se quiser”, pontuou. Já a aposentada Lindinaura Rameh, 67, teve uma opinião diferente. “Esse dinheirinho é para dar suporte. Dois reais é um valor pequeno”.
Em Londres, por exemplo, o ingresso pode sair por cerca de US$ 12. Já a Basílica de Notre-Dame, em Montreal, cobra cinco dólares canadenses. São valores bem superiores aos cobrados pelas igrejas de Olinda.
Fonte - Diario de Pernambuco
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