
Por Maria Frô, em seu blog
Um dos mecanismos de manutenção da escravidão era cercear às custas de grande vigilância e controle o direito de ir e vir dos escravizados. Para isso era vedado aos cativos calçar sapatos. Andar descalço era uma marca da escravidão, uma forma da sociedade senhorial discriminá-los em relação aos livres.
Impressiona, a barbárie desta falta de vergonha dos donos do Capital em orientar seus gerentes que orientam seus seguranças mal preparados que agem como capatazes não permitindo que meninos negros circulem nos novos latifúndios das metrópoles colonizadas.
O Haiti é em Fortaleza, a África do Sul do tempo do Apartheid fica em Parangaba.
O relato abaixo acompanha o vídeo, publicado em 26/11/2013 e encaminhado a mim pelo jornalista cearense Alberto Perdigão.
“”Daí a gente chega no shopping Parangaba em Fortaleza para conhecer o novo point de lazer e nos deparamos com uma cena triste :’( … vários jovens sendo expulso do shopping, sem ter nem um motivo.
Perguntei para os seguranças e eles falaram que estavam apenas obedecendo ordens … Agora eu me pergunto: será mesmo que eles têm esse direito de selecionar quem pode ou não entrar no shopp ???
Por que eles estavam indo atrás apenas do jovens negros !?? …
Fui e comecei a filmar e perguntei com qual direito eles podiam fazer aquilo!!???
Sabe o que eles me responderam!
“Vão embora a saída é por ali!”
Eu: mas moço por que você está me expulsando do shoop!?
Eu: pois então, chama essa pessoa q está dando as “ordens ” pra vir falar comigo, porque daqui eu não saio!
Aí pra piorar mais ainda a situação veio um segurança do shopp tentar tomar meu celular como se ele tivesse esse direito de tomar meu celular”"
O CASO DO SHOPPING PARANGABA
Por: Preto Zezé, em seu Facebook
Alguns amigos meus, me questionam que nem é racismo nem discriminação, pois os seguranças do shopping são moradores de periferia e alguns negros também!
Oras, isso só confirma, o quão sofisticado é o apartheid brasileiro, onde jovens seguranças reproduzem comportamento discriminatórios contra seus semelhantes.
Isso só torna esse ocorrido mais grave ainda!
Detalhe, e mesmo que os jovens estivessem fazendo bagunça, como alguns alegam, o procedimento era inibir e orientar o comportamento, afinal esse é o papel dos seguranças!
Reafirmo o que disse, se confirmar o caso de discriminação, processo e um curso de formação para os seguranças.
Aos que acham que o shopping está no direito de selecionar seus frequentadores, ok!
Só coloquem placas no seus estabelecimentos definindo os padrões estéticos e econômicos de quem pode frequentá-lo. Assim , o dito apartheid velado, mostrará sua cara!
Via, Folha Social
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